sexta-feira, 25 de maio de 2012

28 de Maio Dia Internacional de Ação pela Saúde das Mulheres e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna


28 de Maio, além de ser o Dia Internacional de Ação pela Saúde das Mulheres, está integrado ao calendário brasileiro como o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. Uma pauta que a Rede Nacional Feminista de Saúde, Direito Sexuais e Direitos Reprodutivos – RFS - considera de vital importância e que exige intensa mobilização de todos os setores na exigência de políticas públicas de saúde efetiva às mulheres. 

A data é fruto da ação de mais de duas décadas do movimento pela saúde das mulheres e feministas que decidiu ter um dia de ação mundial para tornar visível um fenômeno - a mortalidade materna - considerado banal nas sociedades cuja cultura naturaliza a entrega da vida das mulheres em nome da maternidade.
 
Estatísticas revelam que o número de mortes de mães é alto e a situação é preocupante principalmente entre as mulheres negras e das regiões Norte e Nordeste. O coeficiente, no entanto, não fornece a real dimensão desta tragédia que destroça inúmeras famílias brasileiras e, isto acontece por ser, ainda, baixa a declaração de morte materna no atestado de óbito.

Compromissada, através da adesão de suas filiadas, a RFS tem sensibilizado o setor saúde, profissionais, trabalhadores, ativistas e gestores atuantes no controle social bem como profissionais de comunicação e parlamentares para demonstrar que:

A morte materna é um grave problema de saúde pública;

A morte materna tem responsáveis;

Este fenômeno se relaciona não só com a qualidade técnica das políticas ofertadas em pré-natal, parto e puerpério, mas evidencia as desigualdades sociais, de gênero e raça;

O cerceamento da cidadania proposto pela legislação restritiva ao livre exercício da sexualidade e reprodução induz à gestação forçada e indesejada, constituindo-se numa violação aos direitos humanos;

Segundo o Ministério da Saúde, as complicações em decorrência do aborto são responsáveis por 11% a 13% das cercas de 1.650 óbitos maternos registrados anualmente no País. O aborto induzido é a quarta causa da mortalidade materna, superada pela hipertensão arterial, hemorragias e infecções pós-parto, mas em algumas capitais como Salvador, o problema é a principal causa da mortalidade materna. 

(Fonte: Agência Brasil – Relatório reafirma necessidade de planejamento familiar e acesso a contraceptivos – 01.05.2008).